sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Lama tóxica de Mariana pode ser transformada em tijolos - Depois da tragedia em Minas Gerais, resta seguir em frente


Transformar a lama tóxica em tijolos, utilizando os rejeitos e iniciando uma nova atividade econômica é possível. Minimizar o impacto de toda esta tragedia é imprescindível.

"Estamos à disposição, de forma gratuita" - salienta o  coordenador do projeto, Professor Ricardo Fiorotti, do Grupo de Pesquisas RECICLOS - CNPq da UFOP. 


A pedido, publico Endereço profissional Prof. RicardoUniversidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Departamento de Engenharia Civil. , Departamento de Engenharia Civil, Escola de Minas UFOP, Campus Universitário, 35400-000 - Ouro Preto, MG - Brasil, Telefone: (31) 35591548, Fax: (31) 35591548

Vale, pague tudo que for devido!!




Por Marise Jalowitzki
20.novembro.2015
http://decrescimentofeliz.blogspot.com.br/2015/11/lama-toxica-de-mariana-pode-ser.html

Mariana, Valadares, Minas Gerais, Brasil, Mundo. Tentar fazer do limão, a limonada! Será que já é hora de olhar para frente? Quando em 2011 as cinzas do vulcão Puyehue deixou os 15mil habitantes de Villa La Angostura imersos em cinza vulcânica, surgiu Maria Irma Mansilla, cidadã da comunidade e lançou a ideia de construir tijolos a partir das cinzas. A ideia era dar novo ânimo aos habitantes da região (e outras afetadas), que tiveram perdas e poderiam ter na construção dos tijolos ecológicos e duráveis, uma fonte de recomeço, financeiro e também, de cunho emocional. Renovar. Inovar. Exigir providências dos governos.

Pois aqui acontece o mesmo. Renovar. Inovar. Exigir providências dos governos. E, no caso da tragedia anunciada, multar e responsabilizar os responsáveis com rigor. Seguir em frente.

Pesquisadores da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - MG, anunciam o resultado de seus estudos desenvolvidos nos últimos anos, diversos trabalhos relacionados à utilização dos rejeitos da mineração que se acumulou há tempos. Os estudos iniciaram em caráter preventivo, já que, a cada dia, os rejeitos iam aumentando, sempre depositados em barragens diversas. O problema estava configurado.

Utilizar a lama tóxica, como alternativa para contribuir para minimizar os impactos ambientais, já que, agora, uma das barragens já se rompeu, parece ser uma providência urgente a ser tomada, seja para tentar retirar de solo e água a lama tóxica que já está lá (caso isso seja possível) ou, pelo menos, utilizar o que está acumulado nas outras barragens de rejeitos de minério de ferro. Três outras barragens continuam em risco de se romper e, AGORA, as providências para reforçar as paredes e impedir ainda mais desastres, estão sendo efetuados às pressas!

Segundo o  coordenador do projeto, Professor Ricardo Fiorotti, do Grupo de Pesquisas RECICLOS - CNPq da UFOP, trata-se basicamente de "soprar" a lama e separar os materiais nela existentes - tanto o material bruto quanto o material processado. Como a lama-terra é mais leve, ela "voa", deixando os metais pesados mais ao fundo. Esse processo possibilita a incorporação de até 80% da lama no lugar de areia na produção de materiais para a construção civil.

O projeto já produziu concreto, argamassa, tijolos e blocs de pavimentação.

A única diferença é na cor mais avermelhada


Danielle Campez, da UFOP, entrevistou o Prof. Fiorotti, que explicou:

“Todas essas produções com a lama cm rejeitos são idênticas ao convencional. A única diferença está na cor, que é avermelhada".

Com essas pesquisas, a equipe vê uma forma de contribuir com a minimização dos impactos das barragens de rejeitos da mineração e se coloca à disposição para oferecer o serviço de forma gratuita. A ideia é encontrar uma oportunidade de transformar a lama em uma atividade econômica. 

“Nós não queremos nenhum financiamento. A intenção é beneficiar a sociedade, propondo soluções. Muito é possível se fazer com esses rejeitos”, explica Fiorotti.

A pergunta que fica é: POR QUE NÃO SE COMEÇOU ISTO ANTES???
Foi descaso dos governos que não fiscalizaram devidamente?
Se o Ministerio Público alertou em 2013, quais os orgãos de fiscalização e ação prática falharam? E por quais motivos?
E agora, vão utilizar a expertise dos pesquisadores da UFOP ou a intenção é desertificar mesmo, fazendo parte da população refém da provisão de águas?

Mãos-a-obra!!
Divulguem! Expliquem! Mostrem os detalhes! Conclamem a população!

Com o silêncio da grande midia, vital é fazer-se ouvir de todas as outras formas possíveis!

Quanto "vale" a vida das pessoas, animais, plantas, águas???


Serviram de fonte:
web - notícias diversas
Pindorama
Compromisso Consciente


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Querendo conhecer sobre os tijolos de cinza vulcânica, veja aqui:


Vulcão Puyehue - De cinzas a tijolos
 
A idéia de transformar as cinzas em tijolos veio de uma moradora de La Angostura, Maria Irma Mansilla 



Mais sobre tijolos ecológicos:

Indústria do Cimento - Tijolos Ecológicos - Várias Opções

Tijolo ecológico já é realidade - Projetos precisam receber subsídios para produção em larga escala. Chega de desmatamento para extrair calcário! (Só faltou o uso do EPI - Equipamento de Proteção Individual - para que o trabalhador fique resguardado de doenças - pele, respiração e visão)




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


Escritora, Educadora, Ambientalista de coração,
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil 




Em 21.abril.2016
http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Cidade/noticia/2016/04/projeto-transforma-lama-de-mariana-em-tijolos-e-reconstroi-casas.html

Projeto transforma lama de Mariana em tijolos e reconstrói casas

'Tijolos de Mariana' pretende devolver 80 empregos diretos à comunidade vítima do maior desastre ambiental do Brasil

21/04/2016| POR AMANDA SEQUIN; FOTOS DIVULGAÇÃOComp. (74153
Projeto Tijolos de Mariana (Foto: Divulgação)
Em novembro de 2015, o município de Mariana, em Minas Gerais, foi devastado por um mar de lama. O pior desastre ambiental do país destruiu a região e deixou milhares de famílias desabrigadas. Cansados de esperar por uma resolução que pode levar mais de uma década, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Grey Brasil e a Ecobrick, montaram o projeto Tijolos de Mariana, que irá reutilizar a lama para fabricar tijolos artesanais e reconstruir casas populares, hospitais e escolas para cerca de 400 famílias.

Operada por mão de obra local, a fábrica do Tijolos de Mariana vem retirando cerca de 1000 tijolos por mês desde janeiro de 2016. Estima-se que, ao final de cada ano, 700 toneladas de lama serão retiradas, o que resultará em 1,2 milhão de tijolos.

Se o projeto der certo, os tijolos poderão ser encontrados à venda em lojas de materiais de construção de todo o Brasil, com lucro revertido para a região. Para atingir tal objetivo, o grupo criou uma página de financiamento coletivo que, até esta quinta-feira (21/4), contava com R$51.677 arrecadados. 

Projeto Tijolos de Mariana (Foto: Reprodução)
O processo de fabricação, executado por alunos da UFMG, funciona da seguinte forma: depois de captada, a lama passa por uma filtração, sendo transformada em um composto limpo e atóxico chamado Metakflex. Depois, ganha o formato de tijolo por um processo ecológico que não envolve emissão de gases. Clique aqui para assistir ao vídeo do projeto. 
Projeto Tijolos de Mariana (Foto: Divulgação)


  





















2 comentários:

  1. como consigo entrar em contato com o professor Ricardo Fiorotti, obrigado

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    1. A pedido, publico Endereço profissional Prof. Ricardo: Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Departamento de Engenharia Civil. , Departamento de Engenharia Civil, Escola de Minas UFOP, Campus Universitário, 35400-000 - Ouro Preto, MG - Brasil, Telefone: (31) 35591548, Fax: (31) 35591548

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