quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A Indústria da Caridade - Ajuda aos famintos pode prolongar guerras



As organizações humanitárias vivem da fome e da ajuda humanitária. Elas concorrem pelo dinheiro de doadores e cooperam muito pouco entre si. E os poderosos nos países beneficiários se utilizam disso. (Linda Polman)



publicado neste blog em 27.agosto.2015
http://decrescimentofeliz.blogspot.com.br/2015/08/a-industria-da-caridade-ajuda-aos.html

METADE DA AJUDA ALIMENTAR DO WFP É ROUBADA PELOS SENHORES DA GUERRA, COMERCIANTES CORRUPTOS OU FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS DO PRÓPRIO WFP. Foi o que apontou, em 2010, um relatório do Grupo de Monitoramento da ONU para a Somália. A organização negou isso.

A jornalista e escritora holandesa Linda Polman (autora de "A Indústria da Caridade. Os bastidores das organizações de ajuda internacional") conhece o mau uso da ajuda humanitária. Durante a fome na Somália nos anos 1990, ela testemunhou como os senhores da guerra roubavam suprimentos dos famintos para comprar armas. A ajuda pode prolongar uma guerra, assegura Polman, pois, segundo ela, "na guerra, alimento é arma."

Capa do livro de Linda Polman - A Indústria da Caridade


Em entrevista à Deutsche Welle, Polman alerta para que não se glorifique instituições de caridade. Segundo ela, existe uma "indústria da ajuda", de instituições de caridade concorrentes e que têm interesses comerciais. Mesmo que tenham boas intenções, diz Polman, as organizações humanitárias vivem da fome e da ajuda humanitária. Elas concorrem pelo dinheiro de doadores e cooperam muito pouco entre si. E os poderosos nos países beneficiários se utilizam disso.

Segundo estimativas das Nações Unidas, existem cerca de 37 mil organizações internacionais de ajuda humanitária em todo o mundo. Na conta não estão incluídas iniciativas privadas.

Polman apela aos doadores que controlem melhor projetos e instituições.
(http://www.dw.com/pt/o-mercado-da-fome-beneficia-pa%C3%ADses-doadores/a-15516223)


Querendo, leia também:

 O movimento Open Aid visa oferecer dados fidedignos
e, com isso, diminuir os desvios que a corrupção da
indústria da fome promove.



Por Marise Jalowitzki




Escritora, Educadora, Ambientalista,
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil 

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