segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cidades sem Fome - Através da agricultura comunitária, ONG eleva Índice de Desenvolvimento Humano


Um total de 17 hortas já foram plantadas e 4.622 alunos passaram pelas atividades nas escolas da zona leste de SP, desde 2004.


 a organização CIDADES SEM FOME promove a integração social de grupos vulneráveis, utilizando como ferramenta de inclusão trabalhos de horticultura, que contribuem efetivamente na melhora da alimentação das crianças e dos adultos. No caso específico da zona leste de São Paulo, a população apresenta um IDH _Índice de Desenvolvimento Humano 50% inferior ao da zona sul paulista.


CIDADES SEM FOME - Através da agricultura comunitária, ONG eleva Índice de Desenvolvimento Humano


13.julho.2015
http://decrescimentofeliz.blogspot.com.br/2015/07/cidades-sem-fome-atraves-da-agricultura.html

A questão da fome, da situação de miséria extrema de um bilhão de habitantes no planeta, continua sendo um motivo de vergonha em um mundo rico, próspero, que produz tanto e que tão pouco se importa com seu semelhante. Um terço de tudo o que é produzido vai simplesmente para o lixo... o que hoje é produzido dá, com folga, para alimentar toda a fome da Terra... 70% da produção mundial de milho e soja vai para alimentar gado, porcos e frangos, para colocar carne no prato de alguns humanos, enquanto outros tantos humanos morrem devido à desnutrição. Desafio em meio ao caos (Sim, porque fome todos sentem todos os dias!), a ONU recomenda que toda a população diminua drasticamente o consumo de carne, enquanto sempre novos movimentos criam projetos para suprir a carência dos menos protegidos.

A CIDADES SEM FOME é uma dessas organizações. A ONG, fundada por Hans Dieter Temp, em São Paulo em 2004, desenvolve projetos de agricultura sustentável, baseados nos princípios da produção orgânica. Seu objetivo é levar a autosuficiência financeira e de gestão para os beneficiários dos projetos. Desenvolve projetos de Hortas Comunitárias, Hortas Escolares, Estufas Agrícolas e Agricultura Familiar, utilizando espaços, áreas públicas e particulares precárias que não possuem uma destinação específica, para criar oportunidades de trabalho para pessoas em vulnerabilidade social e melhorar a situação alimentar e nutricional de crianças e adultos. Desde 2009, a CIDADES SEM FOME desenvolve o seu quarto projeto, que auxilia Pequenos Agricultores Familiares do estado do Rio Grande do Sul a buscar alternativas para o plantio das monoculturas, apoiando-os na transição para uma gestão ecológica e novos negócios.


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01 _ Projeto Hortas Comunitárias

Projeto Hortas Comunitárias
A CIDADES SEM FOME transforma terrenos públicos e particulares da Zona Leste, periferia da megacidade, em hortas comunitárias. O projeto nesta região, conhecida pela vulnerabilidade e pela carência de suas comunidades, visa melhorar a precária situação dos habitantes através de projetos sustentáveis de agricultura urbana, baseados em processos de produção orgânica.
 21 hortas comunitárias foram criadas pela CIDADES SEM FOME.
 Através deste projeto, 115 pessoas trabalham como agricultores urbanos em hortas comunitárias, o que beneficia não só eles mesmos, mas também suas famílias. Com isso, a subsistência de 650 pessoas está sendo garantida.
 48 cursos de capacitação profissional foram organizados pela CIDADES SEM FOME. Quase 1.000 pessoas já participaram e foram capacitadas em técnicas de produção de alimentos orgânicos em áreas urbanas e receberam também instruções para buscar meios para a comercialização de seus produtos.



02 _ Projeto Hortas Escolares

Projeto Hortas Escolares
A primeira meta deste projeto é facilitar o acesso a alimentos saudáveis, prevenir a desnutrição e a deficiência alimentar de crianças em regiões com vulnerabilidade social para lhes garantir a boa saúde. O projeto, que envolve tanto estudantes, pais de alunos e professores, aborda ao mesmo tempo assuntos como alimentação saudável, a relação homem-natureza e o meio ambiente.
 36 hortas foram implantadas e desenvolvidas em escolas públicas pela CIDADES SEM FOME.
 14.506 alunos participaram das atividades do projeto Hortas Escolares.
 Resultados mensurados demostram que o projeto Hortas Escolares melhorou a situação nutricional de milhares de crianças.


03 _ Projeto Estufas Agrícolas

Projeto Estufas Agrícolas
A CIDADES SEM FOME desenvolveu uma metodologia para a construção de estufas agrícolas mais baratas do que o método tradicional que utiliza materias nobres e mais caros como alumínio e ferro galvanizado. A utilizaçao de materiais alternativos permitiu baixar em até 50% os custos e os resultados continuam excelentes. Sem preocupação com o clima, as estufas garantem a safra o ano todo, independente das estações e das variações climáticas. Com as estufas e as técnicas de produção de cultivos protegidos fica assegurada a renda dos participantes do projeto.
 Sete estufas com materias alternativos já foram construídas pela CIDADES SEM FOME.
 Atualmente duas outras estufas estão sendo planejadas.


04 _ Projeto Pequenos Agricultores Familiares

Projeto Pequenos Agricultores Familiares
O projeto Hortas Comunitárias, com resultados expressivos na área urbana da cidade de São Paulo, foi adaptado e reaplicado para a área rural da pequena cidade de Agudo no Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do Brasil. Esta pequena cidade que apostou desde os anos oitenta no cultivo do tabaco está lutando atualmente contra as dificuldades que surgiram dessa monocultura.
 Atualmente três agricultores estão sendo treinados na diversificação de cultivos, agregação de valor e criação de oportunidades para novos negócios.
 No projeto estão sendo utilizadas duas estufas agrícolas que foram construídas de acordo com a técnica desenvolvida pela organização CIDADES SEM FOME.


Por que construir Estufas Agrícolas?
O plástico agrícola, também chamado de filme agrícola usado em estufas, foi idealizado para que durante o dia, a luz do Sol (energia radiante) possa transpassar facilmente por suas estruturas, pois o material do filme é transparente para esse tipo de radiação, que possui uma determinada freqüência. Durante a noite, quando as ondas de calor, que possuem uma freqüência diferente da luz solar, são emitidas no interior da estufa, são barradas, pois o material do filme agrícola é opaco para esse tipo de radiação e desse modo garante a permanência de grande parte do calor no interior da Estufa Agrícola. O processo da fotossíntese e a produção de oxigênio são acelerados em ambientes favoráveis – quentes e úmidos, – o que proporciona maior rapidez no crescimento, melhor floração e frutificação. A necessidade dos produtores protegerem as suas culturas principalmente durante os períodos climáticos mais adversos, é o principal fator para que sejam utilizadas estufas e cultivos protegidos. A sua utilização é cada vez maior em todo o mundo, evitando os danos causados por temporais, geadas, nevascas, granizos, frio extremo, ou seja, más condições climáticas. O uso de Estufas Agrícolas possibilita melhor desenvolvimento dos plantios, aumentando a produtividade, proporcionando maior número de colheitas ao ano e nas entre safras. Melhora a quantidade e qualidade dos produtos, independentemente das variações climáticas existentes contribuindo assim para a segurança alimentar e a geração de renda das famílias. Para saber o passo a passo de como fazer, clique AQUI.


Implante um dos projetos também para a sua cidade!

O Projeto Hortas Comunitárias garante a subsistência da população vulnerável. Quase mil pessoas já passaram pelo projeto, recebendo instruções para a produção de alimentos e a comercialização dos produtos.



Mais sobre a organização

A CIDADES SEM FOME foi criada em São Paulo em 2004 por Hans Dieter Temp, formado em Administração de Empresas e Técnico em Agropecuária e Políticas Ambientais. Em 2013 Hans Dieter Temp foi selecionado e agraciado com o título de Empreendedor Social “Changemaker” pela Ashoka. A organização recebeu vários prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Milton Santos em 2014 concedido à entidades e pessoas que contribuíram com a cidade de São Paulo. Em 2012, a CIDADES SEM FOME foi selecionada pela Caixa Econômica Federal por ter cumprido as metas estabelecidas pelos Objetivos do Milênio da ONU. Recebeu também o Prêmio Finep em 2011 para Inovações Tecnológicas, o Dubai International Award for Best Practices 2010 (UN-HABITAT), e o prêmio AEA de Meio Ambiente 2009. ( Cidades Sem Fome.org )





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