quarta-feira, 29 de julho de 2015

Exércitos de robôs assassinos - Cientistas temem corrida armamentista - Google registra patente para robôs com personalidade humana


Stephen Hawking, Steve Wozniak e Elon Musk assinam carta que pede banimento de máquinas de guerra autônomas





Em “O Exterminador do Futuro”, humanidade é ameaçada pela inteligência artificial – DIVULGAÇÃO
Por Sérgio Matsura

Robôs que buscam e eliminam alvos de forma autônoma, sem intervenção humana, podem parecer ficção, mas um grupo de renomados cientistas, que inclui nomes como Stephen Hawking, Elon Musk e Steve Wozniak, alerta que essa tecnologia será viável em poucos anos. Em carta divulgada nesta quarta-feira, na abertura da International Joint Conferences on Artificial Intelligence, pesquisadores de todo o mundo se posicionaram contra a criação de máquinas assassinas. O temor, dizem eles, é que uma nova corrida armamentista se inicie.

“A tecnologia de inteligência artificial alcançou um ponto onde o desenvolvimento desses sistemas será viável em anos, não décadas, e as apostas são altas: armas autônomas estão sendo descritas como a terceira revolução na guerra, depois da pólvora e das armas nucleares”, argumentam os signatários da carta. “Se alguma grande força militar começar o desenvolvimento de armas com IA, uma corrida armamentista global é virtualmente inevitável, e o fim desta trajetória tecnológica é óbvia: armas autônomas se tornarão a Kalashnikov de amanhã”.

Hoje, veículos aéreos não-tripulados já estão nos campos de batalha, mas sempre com um ser humano no controle, mesmo que à distância, que decide se deve ou não matar. Tecnologias de localização, navegação e reconhecimento de imagem e ambiente já existem, basta serem programadas para a guerra. Já é possível, por exemplo, criar um quadricóptero que atire contra alvos vivos vestidos com determinada roupa.
O temor dos pesquisadores é que, ao serem desenvolvidas, essas tecnologias caiam nas mãos não apenas de forças regulares, mas de terroristas e ditadores. Diferente das armas nucleares, que requerem materiais raros, a inteligência artificial será barata o suficiente para a produção em massa de imensos exércitos.

TEMOR DE CONTROLE E LIMPEZA ÉTNICA

“Será apenas uma questão de tempo até que elas apareçam no mercado negro e cheguem às mãos de terroristas, ditadores querendo aumentar o seu controle sobre a população, senhores da guerra querendo realizar limpezas étnicas. Armas autônomas são ideais para tarefas como assassinatos, desestabilizar nações, subjugar populações e matar seletivamente um grupo étnico em particular”, dizem os cientistas.

Fernando Santos Osório, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP/São Carlos, é um dos signatários da carta. Ele explica que o grupo não é contra os robôs militares, que podem auxiliar missões de resgate, reconhecimento e até salvar vidas. O temor é dar às máquinas autonomia para matar.

— É extremamente temerário, você pode perder o controle sobre a máquina. Uma programação errada e ela pode se voltar contra o próprio pesquisador — explica Osório.
Entretanto, o temor (ainda) não é que as máquinas se levantem e dominem a humanidade, como a Skynet em “O Exterminador do Futuro”, mas que armamentos extremamente letais e descartáveis caiam nas mãos erradas. O que falta, diz Osório, é exatamente inteligência. Com a tecnologia disponível, as máquinas não seriam capazes de realizar juízo de valor. Em uma guerra, por exemplo, elas não distinguiriam um soldado inimigo levantando uma bandeira de rendição de outro com uma arma em mãos.

— Por enquanto, não existe o risco de os robôs tomarem conta no mundo — diz Osório. — A comunidade acadêmica discute isso e está dividida, mas é como discutir o sexo dos anjos, é um debate sobre um problema que ainda não está próximo.

A carta serve para marcar posição. Como químicos e biólogos não têm interesse em construir armas químicas e biológicas, a maioria dos pesquisadores em inteligência artificial e robótica não têm interesse em construir armas autônomas. Sobretudo porque tal desenvolvimento pode manchar o campo e criar reação pública negativa à tecnologia.

“Em resumo, nós acreditamos que a inteligência artificial tem potencial para beneficiar a humanidade em diversas formas, e o objetivo do campo deve ser esse. Começar uma corrida armamentistas é uma ideia ruim, e deve ser prevenida pelo banimento de armamentos autônomos ofensivos além do controle humano”, dizem os signatários.

Fontes: 
O Globo

Blog do BG




Veja também:



  • ‘Robôs farão de nós humanos seus animais de estimação’, adverte Steve Wozniak
  • Cientistas criam robô que aprende da mesma forma que os humanos







  • Google registra patente que prevê criação de robôs com personalidade humana


    07/04/2015



    Não é novidade que o Google vem trabalhando com robôs para diversas finalidades. Dessa vez, no entanto, a empresa quer ir além e criar máquinas com “pensamentos” parecidos com o das pessoas. Aparentemente, a ideia da empresa é que as criações possam ter sua personalidade customizada para cada pessoa e, em um futuro mais distante, possam criar a habilidade de se adequarem às suas próprias personalidades.
    Tudo isso está previsto em uma patente de 2012 registrada pela empresa no inicio desta semana. No documento, a empresa diz que o projeto prevê “métodos e sistemas para robôs e interação entre usuários que serão oferecidos para gerar a personalidade do robô”.
    A patente ainda afirma que um robô poderá acessar os aparelhos pessoais de um usuário para não só determinar, mas também identificar informações sobre ele. “O robô poderá ser configurado para se adequar à personalidade e interagir com o usuário se baseando em informações prévias”, diz o documento.
    O Google também acredita que os robôs poderão identificar os humanos usando reconhecimento facial ou de voz, configurando as suas personalidades para combinar com as preferências de uma pessoa. Uma das expectativas é que a personalidade e customização possam ser transferidas entre as máquinas, assim como informações armazenadas por meio da nuvem.
    Um dos objetivos do Google é desenvolver a tecnologia para robôs que prestam serviços, criando máquinas que possam interagir melhor com idosos, crianças e pacientes de hospitais.
    Patrick Moorhead, analista da companhia Insights & Strategy, diz que a ideia é útil e assustadora. “Para idosos ou assistentes pessoais, este tipo de tecnologia pode ser muito útil, possibilitando compreensões sobre humor e expressões. Eu acredito que quando feito certo, um robô com personalidade poderá fazer com que humanos se sintam  mais confortáveis”, diz.
    Recentemente, o Google lançou o Spot, um modelo de robô inspirado em animais, que é resultado da compra da empresa de robótica Boston Dynamics, em 2013.

    Via: IDG Now e Seu Radar


    Leia também e assista aos videos:


    Seres humanos chipados ou Robôs humanizados? Transhumanismo e Robótica Social

    Por Marise Jalowitzki

    http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/12/seres-humanos-chipados-ou-robos.html












    segunda-feira, 27 de julho de 2015

    Energia fotovoltaica - CÉLULAS FOTOVOLTAICAS IMPRESSAS PODEM LEVAR ENERGIA LIMPA PARA 1,3 BILHÕES DE PESSOAS QUE VIVEM ATUALMENTE SEM ELETRICIDADE



    Energia fotovoltaica - Estas células já são fabricadas em Minas Gerais, mas, onde adquiri-las???


    CÉLULAS FOTOVOLTAICAS IMPRESSAS PODEM LEVAR ENERGIA LIMPA PARA 1,3 BILHÕES DE PESSOAS QUE VIVEM ATUALMENTE SEM ELETRICIDADE

    A boa notícia é que esta tendência deverá acelerar ainda mais com a criação de células fotovoltaicas impressas em papel fino. 
    Um papel de células fotovoltaicas, além de ser flexível, o que facilita seu transporte para áreas rurais, tem uma capacidade energética relevante. 
    Uma folha de 10 x 10 centímetros é capaz de gerar de 10 a 50 watts por metro quadrado. 

    Está claro que com todo este desempenho, a tecnologia seria capaz de levar energia limpa para os 1,3 bilhão de pessoas atualmente sem eletricidade. 

    “Eu testemunhei em primeira mão como a tecnologia permitiu que as comunidades urbanas pobres da Índia acessassem a eletricidade fora da rede”, diz Scott Watkins da empresa coreana Kyung- In Synthetic.

    Vamos todos apostar!!

    Via somostodosverdes.com.br


    Técnico do CSEM manipula material plástico, onde foi impressa a tinta orgânica que produz energia (Foto: Agência Nitro)



    Centro de pesquisas mineiro produz tinta capaz de gerar “energia solar”



    Uma tira de plástico na qual é impressa uma espécie de tinta orgânica, capaz de produzir energia solar. Essa tecnologia, considerada o futuro do setor, vai chegar ao Brasil pelas mãos de um instituto de pesquisa mineiro, o CSEM. 
    O produto é maleável e pode ter várias cores e formatos. Por isso, tem aplicações que vão até onde a imaginação – ou o sol – é capaz de alcançar: fachadas de prédios, vidros de carros, coberturas de estádios, mochilas. É difícil estabelecer um limite para tais possibilidades. A tira orgânica deve ser lançada no mercado do país em 2015. “Tenho a sensação de que algo único está acontecendo”, diz Tiago Maranhão, presidente do CSEM. “Essa é uma das poucas vezes em que o Brasil não precisa ficar a reboque dos outros.” A fabricação das fitas é resultado de um arranjo raro no país. Uniu dinheiro público e privado, pesquisa científica de base e o interesse em criar algo com apelo comercial. Entenda, em cinco pontos, o porquê do sucesso da iniciativa.
    “1050 quilômetros quadrados. Espalhados em uma área como essa, o equivalente a 2,76 baías da Guanabara, as fitas impressas com tintas orgânicas supririam toda a demanda doméstica nacional (um terço da total) por energia”.

    VVai dar briga com o silício? (Foto: Divulgação)ai dar briga com o silício? 
    A nova e a velha tecnologias solares ainda não competem
    Hoje, a tecnologia de tintas orgânicas (OPV, na sigla em inglês) não concorre diretamente com os painéis solares, feitos com silício. Eles servem a fins distintos. Os painéis tradicionais cobrem grandes áreas em usinas. Os OPVs são empregados na geração pulverizada de energia, em fachadas de prédios ou vidros de carros. Se alguém construísse hoje uma usina com OPV, ela seria mais cara do que com os painéis tradicionais. Mas isso pode mudar nos próximos anos. A curva de barateamento do OPV tende a ser radical. O seu processo de produção é simples e barato (trata-se de uma impressão), algo que favorece a queda do valor à medida que a escala aumenta.

    O nome CSEM veio do Centre Suisse d’Electronique et Microtechnique, mas as duas instituições são independentes. O centro suíço não produz  a tinta orgânica”.

    1. A ORIGEM
    O CSEM FOI CRIADO EM 2006 COM O DINHEIRO DE TRÊS PARCEIROS: A FIR CAPITAL, UM FUNDO MINEIRO, O BNDES E O GOVERNO DE MINAS GERAIS. AO TODO, ELES INVESTIRAM R$ 70 MILHÕES NO CENTRO DE PESQUISAS
    2. POR QUE FUNCIONA?
    NO CSEM, AS PESQUISAS TÊM DE GERAR PRODUTOS COMPETITIVOS. CASO CONTRÁRIO, SÃO ABANDONADAS. “SABEMOS O TAMANHO DO NOSSO CHEQUE”, DIZ TIAGO MARANHÃO, PRESIDENTE DO CENTRO
    3. COMO A TINTA FOI DESENVOLVIDA?
    A PESQUISA COMEÇOU EM 2006, COM A CRIAÇÃO DO CSEM. ELE OPTOU POR NÃO TRABALHAR COM TECNOLOGIAS QUE PRECISASSEM CRIAR DO ZERO. A TINTA JÁ É USADA EM PAÍSES COMO JAPÃO E ALEMANHA. O MÉRITO DO INSTITUTO MINEIRO FOI DOMINAR O PROCESSO DE PRODUÇÃO, ENVOLVENDO CIENTISTAS DE TODO O MUNDO
    4. QUAL É A TECNOLOGIA EMPREGADA?
    É A OPV, ABREVIAÇÃO DE ORGANIC PHOTOVOLTAIC, UM PAINEL SOLAR ORGÂNICO. SUA PRINCIPAL VANTAGEM COMPETITIVA É A PRODUÇÃO BARATÍSSIMA. ELA CONSOME 20 VEZES MENOS ENERGIA DO QUE A FABRICAÇÃO DE UM PAINEL TRADICIONAL, DE SILÍCIO
    5. COMO IRÁ PARA O MERCADO?
    O CSEM NÃO TEM FINS LUCRATIVOS. É UM CENTRO DE PESQUISAS, QUE ACABA DE CRIAR A SUA PRIMEIRA EMPRESA: A SUNEW. ELA VAI EXPLORAR O OPV. A PARTIR DE MEADOS DE JULHO, UTILIZARÁ UMA IMPRESSORA COM CAPACIDADE PARA FABRICAR 400 MIL METROS QUADRADOS DO PRODUTO POR ANO. SERÁ A MAIOR FABRICANTE DE OPV DO MUNDO.
    Foto: Agência Nitro
    Fontes: http://epocanegocios.globo.com/Ideias/noticia/2015/06/centro-de-pesquisas-mineiro-produz-tinta-capaz-de-gerar-energia-solar.html
    http://vivagreen.com.br/centro-de-pesquisas-mineiro-produz-tinta-capaz-de-gerar-energia-solar/ 



    Tinta orgânica produz “energia solar” através de um captador


    Pesquisadores do instituo de pesquisa CSEM investem em células solares orgânicas (OPV) a fim de popularizar e baratear a produção de energia solar


    O Brasil é um país com enorme potencial para a produção de energia solar. De olho nisso, tem investido em uma opção que deve baratear e popularizar este tipo de produção alternativa: células solares orgânicas (OPV).
    O material criado no Brasil segue modelos já usados no Japão e na Europa. Seu principal diferencial é a praticidade com que pode ser fabricado e a diversidade de usos possíveis. As células solares são impressas em uma tira de plástico, usando uma tinta orgânica com capacidade fotovoltaica.
    O captador é fino e flexível, por isso ele pode ser aplicado nos mais diferentes tipos de superfície. De acordo com a CSEM, as fitas de plástico podem ser instaladas em fachadas de prédios, janelas e qualquer outro tipo de superfície transparente. A energia produzida também pode ser usada para abastecer equipamentos eletrônicos, sistemas de iluminação, purificação de água, ventilação, entre outras coisas.
    O potencial da OPV é extenso e os pesquisadores brasileiros preveem um mercado promissor. Anunciado em 2006, o projeto contou com R$ 70 milhões em investimentos. Agora ele está cada vez mais próximo de chegar ao mercado.

    O CSEM é uma instituição sem fins lucrativos, assim sendo, o centro de pesquisas acabou de criar a sua primeira empresa, a Sunew, com o objetivo principal de produzir as tiras fotovoltaicas em larga escala e popularizar a tecnologia no mercado interno e internacional.


    energia - celula-solar-organica 

    Em entrevista à revista Época Negócios, o presidente da CSEM, Tiago Maranhão, explicou que a produção é muito barata, se comparado às placas de silício. Ele também garante que o Brasil domina o processo de produção e, com o auxílio de uma impressora especial, a Sunew deve ser capaz de produzir 400 mil metros quadrados de OPV ao ano, sendo a maior fabricante do modelo no mundo.
    Em comparação às placas tradicionais, o modelo orgânico proporciona benefícios econômicos e ambientais, já que o processo de fabricação da OPV consome 20 vezes menos energia do que os painéis de silício.

    Via Consumidor Consciente – consumidorconsciente.eco.br






    quinta-feira, 16 de julho de 2015

    Couro Ecológico feito de folhas de abacaxi que seriam descartadas


    Piñatex da Ananas Anam - Maravilhoso! Das folhas e caule forma-se um couro maleável, ecológico e biodegradável!



    Por Marise Jalowitzki
    Você já parou pra pensar que precisamos, urgentemente, mudar nossa maneira de produzir e consumir? 
    Que a Terra precisa ser melhor utilizada e não apenas servir para acolher enormes amontoados de concreto, os edifícios que ainda deslumbram alguns e empobrecem a tantos outros?
    Que o Fogo precisa voltar a arder como fonte de calor e não de poluição e destruição, como vem acontecendo nas queimas de resíduos por todo o mundo?
    Que a Água - as artérias e veias do corpo da Mãe Terra - precisa voltar a correr saudavelmente e não empestado por detritos e tóxicos, como vem acontecendo em todo o planeta?
    Que o Ar precisa, urgentemente, receber menos carga tóxica, menos emissões venenosas e voltar a ser puro?
    Agora, imagine um ato "simples", como usar os caules e folhas de abacaxi, que sempre foram para o descarte, interferindo em tudo isso, e de maneira benéfica! A maioria dos produtos à base de couro, em todos os continentes, ainda provêm do abate de animais, o que implica diretamente em uso inadequado de Terra (milhões e milhões de hectares utilizados apenas para o plantio de soja e milho, para servir de ração aos animais "de corte"... envenenando a Água, os rios que recebem todos os tóxicos usados para trabalhar o couro nos curtumes... e afetando todo os demais elementos!
    Nosso país e tantos outros de clima tropical são abundantes na produção de abacaxi (ananás). As folhas e o caule deste saboroso fruto, que tinha como destino o descarte, tornou-se um couro ecológico, bonito, resistente, maleável e totalmente biodegradável.
    "A Ananas Anam desenvolveu um inovador couro ecológico que é natural e sustentável chamado Piñatex. O Piñatex é produzido a partir das fibras de folhas de abacaxi, que são um subproduto da colheita da fruta que normalmente são descartados às toneladas. O couro envolve uma tecnologia patenteada que protege tanto o processo como o material acabado." (1)

    Ao todo, são necessárias as folhas de cerca de 16 abacaxis para produzir um metro quadrado do tecido

    Esse couro ecológico feito de folhas de abacaxi é macio, leve, flexível, moldável e facilmente tingido para aplicações em sapatos, bolsas e estofados e outras peças. Eles está disponível em diferentes espessuras e acabamentos, tudo biodegradável. A Ananas Anam foi criada pela designer têxtil Carmen Hijosa em parceria com o Real College of Art de Londres. "Segundo a designer Carmen, o produto pode ser tingido, impresso e tratado, conferindo a ele diferentes texturas."(2)
    Carmem foi para as Filipinas para conhecer a sua indústria de couro daquele país e notou as surpreendentes fibras naturais de lá. O couro animal passa por um processo muito poluente e Carmen queria encontrar um substituto que tivesse um processo sustentável, com um impacto positivo sobre as pessoas e o meio ambiente.

    E, se formos parar para refletir, qual a evolução do ser humano em continuar matando outros animais como se objetos fossem, tendo tantas outras alternativas?
    Durante sua visita, percebeu que as fibras à base de abacaxi tinha um enorme potencial para a produção têxtil, e que poderia usar as habilidades e matérias-primas locais do país. Toda a pesquisa e desenvolvimento desse couro ecológico é feito nos laboratórios da Royal College of Art que fez uma parceria com a Camper, Puma e o designer Ally Capellino para lançar produtos utilizando o Piñatex.

    Processo de fabricação
    As fibras que fazem Piñatex são extraídas das folhas de abacaxi por um processo chamado de descasque, que é feito sobre a plantação por uma comunidade agrícola. O subproduto disso é a bio-massa, que pode ser ainda convertida em fertilizante orgânico ou bio-gás. Isso pode trazer renda adicional para as comunidades agrícolas de abacaxi. As fibras, em seguida, são submetidas a um processo industrial para tornar-se um tecido não urdido. Agora só cabe à criatividade dos designers desenvolver peças incríveis com esse couro ecológico e sustentável feito de folhas de abacaxi.
    Torcendo para que novas parcerias sejam criadas e outras marcas-empresas se interessem por este importante e interessante projeto!
    Assista o video no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=0Ssb6iQYp9A










    Escritora, Educadora, Ambientalista, 
    Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
    Vegana, Especialista em Desenvolvimento Humano,
    Pós-graduação em RH pela FGV,
    International Speaker pelo IFTDO-EUA
    Porto Alegre - RS - Brasil 





    Querendo, leia também:

    Manter a família, agregar laços de proteção e compaixão
     com os mais frágeis, repassar valores éticos.
    A quem compete?
    Atitude responsável em um país no caos

    Por Marise Jalowitzki
    07.julho.2015
    http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/07/atitude-responsavel-em-um-pais-no-caos.html







    segunda-feira, 13 de julho de 2015

    Cidades sem Fome - Através da agricultura comunitária, ONG eleva Índice de Desenvolvimento Humano


    Um total de 17 hortas já foram plantadas e 4.622 alunos passaram pelas atividades nas escolas da zona leste de SP, desde 2004.


     a organização CIDADES SEM FOME promove a integração social de grupos vulneráveis, utilizando como ferramenta de inclusão trabalhos de horticultura, que contribuem efetivamente na melhora da alimentação das crianças e dos adultos. No caso específico da zona leste de São Paulo, a população apresenta um IDH _Índice de Desenvolvimento Humano 50% inferior ao da zona sul paulista.


    CIDADES SEM FOME - Através da agricultura comunitária, ONG eleva Índice de Desenvolvimento Humano


    13.julho.2015
    http://decrescimentofeliz.blogspot.com.br/2015/07/cidades-sem-fome-atraves-da-agricultura.html

    A questão da fome, da situação de miséria extrema de um bilhão de habitantes no planeta, continua sendo um motivo de vergonha em um mundo rico, próspero, que produz tanto e que tão pouco se importa com seu semelhante. Um terço de tudo o que é produzido vai simplesmente para o lixo... o que hoje é produzido dá, com folga, para alimentar toda a fome da Terra... 70% da produção mundial de milho e soja vai para alimentar gado, porcos e frangos, para colocar carne no prato de alguns humanos, enquanto outros tantos humanos morrem devido à desnutrição. Desafio em meio ao caos (Sim, porque fome todos sentem todos os dias!), a ONU recomenda que toda a população diminua drasticamente o consumo de carne, enquanto sempre novos movimentos criam projetos para suprir a carência dos menos protegidos.

    A CIDADES SEM FOME é uma dessas organizações. A ONG, fundada por Hans Dieter Temp, em São Paulo em 2004, desenvolve projetos de agricultura sustentável, baseados nos princípios da produção orgânica. Seu objetivo é levar a autosuficiência financeira e de gestão para os beneficiários dos projetos. Desenvolve projetos de Hortas Comunitárias, Hortas Escolares, Estufas Agrícolas e Agricultura Familiar, utilizando espaços, áreas públicas e particulares precárias que não possuem uma destinação específica, para criar oportunidades de trabalho para pessoas em vulnerabilidade social e melhorar a situação alimentar e nutricional de crianças e adultos. Desde 2009, a CIDADES SEM FOME desenvolve o seu quarto projeto, que auxilia Pequenos Agricultores Familiares do estado do Rio Grande do Sul a buscar alternativas para o plantio das monoculturas, apoiando-os na transição para uma gestão ecológica e novos negócios.


    Inspire-se! Procure mais informações! Implante um dos projetos também em sua cidade!




    01 _ Projeto Hortas Comunitárias

    Projeto Hortas Comunitárias
    A CIDADES SEM FOME transforma terrenos públicos e particulares da Zona Leste, periferia da megacidade, em hortas comunitárias. O projeto nesta região, conhecida pela vulnerabilidade e pela carência de suas comunidades, visa melhorar a precária situação dos habitantes através de projetos sustentáveis de agricultura urbana, baseados em processos de produção orgânica.
     21 hortas comunitárias foram criadas pela CIDADES SEM FOME.
     Através deste projeto, 115 pessoas trabalham como agricultores urbanos em hortas comunitárias, o que beneficia não só eles mesmos, mas também suas famílias. Com isso, a subsistência de 650 pessoas está sendo garantida.
     48 cursos de capacitação profissional foram organizados pela CIDADES SEM FOME. Quase 1.000 pessoas já participaram e foram capacitadas em técnicas de produção de alimentos orgânicos em áreas urbanas e receberam também instruções para buscar meios para a comercialização de seus produtos.



    02 _ Projeto Hortas Escolares

    Projeto Hortas Escolares
    A primeira meta deste projeto é facilitar o acesso a alimentos saudáveis, prevenir a desnutrição e a deficiência alimentar de crianças em regiões com vulnerabilidade social para lhes garantir a boa saúde. O projeto, que envolve tanto estudantes, pais de alunos e professores, aborda ao mesmo tempo assuntos como alimentação saudável, a relação homem-natureza e o meio ambiente.
     36 hortas foram implantadas e desenvolvidas em escolas públicas pela CIDADES SEM FOME.
     14.506 alunos participaram das atividades do projeto Hortas Escolares.
     Resultados mensurados demostram que o projeto Hortas Escolares melhorou a situação nutricional de milhares de crianças.


    03 _ Projeto Estufas Agrícolas

    Projeto Estufas Agrícolas
    A CIDADES SEM FOME desenvolveu uma metodologia para a construção de estufas agrícolas mais baratas do que o método tradicional que utiliza materias nobres e mais caros como alumínio e ferro galvanizado. A utilizaçao de materiais alternativos permitiu baixar em até 50% os custos e os resultados continuam excelentes. Sem preocupação com o clima, as estufas garantem a safra o ano todo, independente das estações e das variações climáticas. Com as estufas e as técnicas de produção de cultivos protegidos fica assegurada a renda dos participantes do projeto.
     Sete estufas com materias alternativos já foram construídas pela CIDADES SEM FOME.
     Atualmente duas outras estufas estão sendo planejadas.


    04 _ Projeto Pequenos Agricultores Familiares

    Projeto Pequenos Agricultores Familiares
    O projeto Hortas Comunitárias, com resultados expressivos na área urbana da cidade de São Paulo, foi adaptado e reaplicado para a área rural da pequena cidade de Agudo no Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do Brasil. Esta pequena cidade que apostou desde os anos oitenta no cultivo do tabaco está lutando atualmente contra as dificuldades que surgiram dessa monocultura.
     Atualmente três agricultores estão sendo treinados na diversificação de cultivos, agregação de valor e criação de oportunidades para novos negócios.
     No projeto estão sendo utilizadas duas estufas agrícolas que foram construídas de acordo com a técnica desenvolvida pela organização CIDADES SEM FOME.


    Por que construir Estufas Agrícolas?
    O plástico agrícola, também chamado de filme agrícola usado em estufas, foi idealizado para que durante o dia, a luz do Sol (energia radiante) possa transpassar facilmente por suas estruturas, pois o material do filme é transparente para esse tipo de radiação, que possui uma determinada freqüência. Durante a noite, quando as ondas de calor, que possuem uma freqüência diferente da luz solar, são emitidas no interior da estufa, são barradas, pois o material do filme agrícola é opaco para esse tipo de radiação e desse modo garante a permanência de grande parte do calor no interior da Estufa Agrícola. O processo da fotossíntese e a produção de oxigênio são acelerados em ambientes favoráveis – quentes e úmidos, – o que proporciona maior rapidez no crescimento, melhor floração e frutificação. A necessidade dos produtores protegerem as suas culturas principalmente durante os períodos climáticos mais adversos, é o principal fator para que sejam utilizadas estufas e cultivos protegidos. A sua utilização é cada vez maior em todo o mundo, evitando os danos causados por temporais, geadas, nevascas, granizos, frio extremo, ou seja, más condições climáticas. O uso de Estufas Agrícolas possibilita melhor desenvolvimento dos plantios, aumentando a produtividade, proporcionando maior número de colheitas ao ano e nas entre safras. Melhora a quantidade e qualidade dos produtos, independentemente das variações climáticas existentes contribuindo assim para a segurança alimentar e a geração de renda das famílias. Para saber o passo a passo de como fazer, clique AQUI.


    Implante um dos projetos também para a sua cidade!

    O Projeto Hortas Comunitárias garante a subsistência da população vulnerável. Quase mil pessoas já passaram pelo projeto, recebendo instruções para a produção de alimentos e a comercialização dos produtos.



    Mais sobre a organização

    A CIDADES SEM FOME foi criada em São Paulo em 2004 por Hans Dieter Temp, formado em Administração de Empresas e Técnico em Agropecuária e Políticas Ambientais. Em 2013 Hans Dieter Temp foi selecionado e agraciado com o título de Empreendedor Social “Changemaker” pela Ashoka. A organização recebeu vários prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Milton Santos em 2014 concedido à entidades e pessoas que contribuíram com a cidade de São Paulo. Em 2012, a CIDADES SEM FOME foi selecionada pela Caixa Econômica Federal por ter cumprido as metas estabelecidas pelos Objetivos do Milênio da ONU. Recebeu também o Prêmio Finep em 2011 para Inovações Tecnológicas, o Dubai International Award for Best Practices 2010 (UN-HABITAT), e o prêmio AEA de Meio Ambiente 2009. ( Cidades Sem Fome.org )